Considerando o fato de que a Lotus é uma herança da equipe Renault, o time de Enstone não comemora um título mundial de F1 desde a temporada de 2006, quando Fernando Alonso levantou a taça. Depois de um ano bastante promissor e marcado pela evolução da escuderia britânica em 2012, Éric Boullier acredita que há reais possibilidades de ver a Lotus repetir o feito da sua antecessora e faturar a taça de campeã do mundo em 2013.
Em comunicado emitido pela escuderia depois da apresentação do E21, carro com o qual a Lotus vai disputar a temporada 2013 da F1 com Kimi Räikkönen e Romain Grosjean, Boullier não escondeu a empolgação com o novo modelo depois de um ano que consolidou o time entre os quatro melhores da F1. Para a temporada que se inicia, no entanto, o objetivo está muito acima do quarto lugar obtido no ano passado.
“Acho que é justo dizer que coisas grandes são possíveis”, destacou o dirigente francês. “O salto que demos de 2011 para 2012 mostrou o que somos capazes de fazer. Some-se a isso a continuidade e o potencial da nossa dupla de pilotos e nós temos um coquetel muito poderoso para a temporada que teremos pela frente”, avaliou.
“Nosso ambicioso plano de nos transformarmos em uma das equipes de ponta da F1 está chegando a um bom estágio. Agora temos de aproveitar isso com resultados fortes e pódios regulares”, disse Boullier, que foi claro ao dizer que Enstone está sedenta por títulos. “Estamos magros e com fome. Enstone sabe como vencer campeonatos, mas faz tempo desde a nossa [última] conquista, então estamos muito ansiosos para saborear a glória novamente”, disse.
Já o responsável pelo projeto do E21, James Allison, também destacou a boa base deixada pelo E20 e não escondeu a expectativa em torno do novo modelo. Contudo, o britânico deixou de lado a empolgação e disse que só será possível avaliar o real potencial do carro aurinegro para 2013 depois da primeira corrida, o GP da Austrália, prova que será disputada dentro de 47 dias, em Melbourne.
“Dependendo da forma como você olha, algumas peças do novo carro partiram do zero e, em outras áreas, ainda que tenhamos melhorado as melhores peças quanto à filosofia do design, já foram adotadas por nós por várias temporadas”, lembrou o engenheiro.
“As suspensões dianteira e traseira foram substancialmente revistas para oferecer melhores alternativas aerodinâmicas. A asa dianteira é uma continuação dos conceitos que estamos trabalhando desde 2009, quando as regras foram publicadas”, comentou Allison. “Quanto ao sistema de asa traseira, nós continuamos a tentar trabalhar para ter um nível satisfatório de estabilidade e downforce traseiro e explorar o máximo do potencial do DRS.”
Cauteloso, Allison disse que prefere esperar o novo bólido ir à pista para fazer mais avaliações a respeito do seu desempenho, mas não escondeu que a expectativa é bastante grande pelos lados de Enstone. “O E20 mostrou ser um carro muito eficaz, então há um elemento de expectativa para o E21. Continuamos com a base do nosso projeto e tentamos construir um carro de corrida mais eficiente e mais rápido com base em todas as lições que aprendemos no ano passado. O quanto bem-sucedido nós seremos só vamos saber depois que formos para os GPs”, finalizou.
Fonte: Grande Prêmio